Vista do Pão de Açúcar. Arquivo Pessoal.
Em 1555, os franceses aportaram na Baía de Guanabara e
fundaram o forte de Coligny na Ilha de Serigipe. Comandados pelo almirante Nicolas Durand de Villegagnon
pretendiam garantir a exploração do pau-brasil e conseguir um território onde
os calvinistas franceses pudessem exercer livremente sua religião. Essa
colônia, chamada de França Antártica, existiu de 1555 a 1567.
No dia 1º de março de 1565, o Capitão-mor Estácio de Sá
fundou, entre o Morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. A cidade recebeu esse
nome em homenagem ao Rei de Portugal, D. Sebastião. A localização lhe
possibilitava servir de abrigo para os ataques franceses. O ponto de referência
para delimitar o território da recém-criada cidade foi uma casa de pedra
construída em 1530 por Martim Afonso de Souza. Ela era muito sólida e diferente
das habitações dos tamoios, por isso foi chamada pelos índios de karaiwa oka,
que significa "casa do homem branco”. A partir do século XVIII, o termo
“Carioca” passou a ser usado como apelido para os moradores da cidade.
A primeira expedição portuguesa para expulsar os franceses foi
organizada por Mem de Sá, o terceiro Governador-Geral
do Brasil, em 1560. Apesar de ter destruído o forte de Coligny, essa incursão não obteve o sucesso esperado, pois os habitantes do
forte fugiram para o continente com a ajuda dos tamoios. A derrota definitiva
só ocorreria sete anos depois, quando Estácio de Sá recebeu reforços do seu tio
Mem de Sá. Em 20 de janeiro de 1567, no Outeiro da Glória, os franceses
finalmente foram expulsos da colônia portuguesa e os
tamoios tiveram suas aldeias destruídas e suas terras ocupadas e distribuídas
entre os portugueses.