O Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá (IHBAJA) organizou, no dia 28/01/2017, juntamente com a Associação Cultural Quilombo do Camorim (ACUQCA) e com o coletivo JPA Afro-Cultural, uma visita guiada aos atrativos históricos e naturais do bairro do Camorim. Intitulada “Historiografia territorial e vivência quilombola”, a atividade foi coordenada pelos professores e pesquisadores do IHBAJA Val Costa e Renato Dória, pelo líder comunitário Adilson Almeida (ACUQCA) e a pesquisadora Silvia Peixoto (Museu Nacional/UFRJ).
O grupo reunido em frente a Igreja São Gonçalo de Amarante em uma roda de apresentação da atividade, dos organizadores e dos participantes. |
A visita guiada começou com uma roda de apresentação e falas dos organizadores da atividade, reunidos junto com os participantes da visita em frente à Igreja São Gonçalo de Amarante. Em seguida, o professor Val ministrou palestra dentro da Igreja São Gonçalo de Amarante, uma das mais antigas da região, datada de 1625. Posteriormente, foi feita uma visita ao Sítio Arqueológico do Engenho do Camorim.
Professor Val Costa em palestra dentro da Igreja São Gonçalo de Amarante, construída no século XVII. |
Esse sítio, localizado em uma área bastante conhecida e frequentada para lazer pelos moradores do local, teve seu potencial arqueológico descoberto recentemente pela doutoranda em arqueologia Silvia Peixoto em parceria com o presidente da ACUQCA Adilson Almeida. Adilson e SIlvia explicaram que grande parte do potencial arqueológico localizado na estrada do Camorim foi fatalmente afetado pelas recentes obras de um condomínio que não para de avançar sobre a área do sítio, situação que merece especial atenção das autoridades competentes.
Após a visita ao sítio arqueológico do Engenho do Camorim, a líderança quilombola Maraci e o professor Renato Dória levaram o grupo até a Comunidade do Alto Camorim, reconhecida pela Fundação Cultural Palmares, desde 2013, como uma Comunidade Remanescente de Quilombo.
Grupo reunido em frente ao portão de entrada do sítio de escavação arqueológica do Engenho do Camorim, construído entre 1594-1622. Momento da atividade conduzido pela pesquisadora Silvia Peixoto. |
Por fim, foi feita uma caminhada até o Núcleo Camorim do Parque Estadual da Pedra Branca, onde os participantes puderam contemplar algumas belezas naturais da maior floresta em área urbana do mundo e bater um papo sobre a história da ocupação da região de Jacarepaguá.
Grupo reunido no Núcleo do Camorim do Parque Estadual da Pedra Branca. Momento da atividade conduzido pelo professor Val Costa e Renato Dória. |
Essa atividade faz parta do projeto “Trilhas de Jacarepaguá: caminhando pela nossa História”, desenvolvido há 10 anos pelo IHBAJA. O objetivo dele é apresentar a riqueza natural, histórica e cultural da região de uma maneira lúdica e interativa. O IHBAJA agradece a todos os presentes à atividade e parabeniza em especial as instituições parceiras co-organizadoras da atividade pelo belo trabalho que as mesmas veem realizando para divulgar a história da região de Jacarepaguá.
Texto: Val Costa