como criar um site
Mostrando postagens com marcador História do Rio de Janeiro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador História do Rio de Janeiro. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Novo número do Jornal ABAIXO-ASSINADO!!!! (Maio de 2025)

Recado do editor do JAAJ, Almir Paulo:


"Nosso Jornal ABAIXO-ASSINADO DE JACAREPAGUÁ E DAS VARGENS é extremamente importante por várias razões, especialmente quando pensamos no fortalecimento da comunidade local e no acesso à informação. Aqui estão alguns dos principais motivos pelos quais ele é valioso:

1. Fortalecimento da Identidade Local

O jornal de bairro valoriza a cultura, a história e as pessoas da região. Ele dá visibilidade a personagens, histórias e tradições que muitas vezes passam despercebidas na grande mídia.

2. Informação Relevante e Acessível

Ele traz notícias que realmente impactam o dia a dia dos moradores: mudanças no transporte público, obras nas ruas, eventos culturais, campanhas de vacinação, entre outros.

3. Espaço para a Voz da Comunidade

O jornal de bairro oferece um canal para que os moradores expressem suas opiniões, preocupações e sugestões. Pode conter cartas dos leitores, colunas de opinião e denúncias locais.

4. Estímulo ao Comércio Local

Ao divulgar negócios do bairro, promoções e serviços, o jornal ajuda a fortalecer a economia local, incentivando os moradores a consumir na própria região.

5. Educação e Cidadania

Através de reportagens educativas e informativas, o jornal contribui para a formação de cidadãos mais críticos e engajados, que conhecem seus direitos e deveres.

6. Apoio à Transparência

Jornais de bairro muitas vezes fiscalizam a atuação do poder público local, cobrando melhorias, denunciando problemas e promovendo a transparência.


ENTÃO, DIVULGUE NOSSO PDF NA SUA REDE DE AMIGOS!"

Clique aqui para ler a íntegra.

Continue lendo →

quinta-feira, 15 de maio de 2025

A História do bairro do Pechincha

Texto de Val Costa sobre a História do bairro do Pechincha no site da Agência Lume.


Leia a íntegra do texto AQUI.

Continue lendo →

quarta-feira, 23 de abril de 2025

LUTA CAMPONESA EM JACAREPAGUÁ, por Leonardo Soares dos Santos

 

Salve, turma! Saiu a edição deste mês de Abril do Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá e das Vargens com a nossa coluna.

Clique AQUI.




Continue lendo →

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

A História da ocupação de Gardênia Azul (Parte III)

  A História da ocupação de Gardênia Azul (Parte III)

Leonardo Soares dos santos

Professor de História/UFF

Pesquisador do IHBAJA e do IAP


 Contudo, se a linha adotada pelo governo Lacerda junto às favelas localizadas na zona sul era muito coerente com as estratégias políticas por ele elaboradas, como pensar a questão específica de Gardênia Azul? Como o governo podia lidar com os crescentes problemas da população em termos de precariedade das condições de habitação? Ela não era caracterizada como uma favela passível de ser removida, principalmente por não estar localizada numa área considerada “nobre”. Ao contrário, visto em si, o projeto de ocupação de Gardênia Azul era um exemplo animador para os objetivos de Carlos Lacerda, que esperava urbanizar o quanto antes a Baixada de Jacarepaguá, plano que ele tinha em mente desde os anos 1940, quando era vereador. Tratava-se no fundo de um bairro que contribuiria para a afirmação do caráter crescentemente urbano da região. Daí que a remoção não fosse algo cogitado. A fixação daqueles moradores na localidade era sim o que interessava. Mas, ao mesmo tempo, faltava quase tudo: água, luz, telefone, transporte, esgoto, escolas, postos de saúde.


Carlos Lacerda. Fonte:https://www.camara.leg.br/deputados/130732/biografia.



Mas havia um outro complicador: oficialmente, o loteamento Gardênia Azul era um empreendimento privado, cuja melhoria urbana era de responsabilidade pelo responsável por aquele projeto, o Sr. José Padilha. Portanto não era fácil que os poderes públicos assumissem as tarefas de urbanização da localidade. Isso ficou nítido um ano antes, pois mesmo o governo produzindo um relatório bastante negativo sobre o loteamento, ficava impossibilitado de tomar medidas mais efetivas, já que se tratava de uma área de propriedade particular.

Porém, como vimos nos acontecimentos de 1963, com a ocupação de terras em Urussanga, boa parte dos moradores buscava construir algumas alternativas a esse impasse. Naquele ano, a estratégia consistiu em ocupar terras, pressionando seja o governo federal (de João Goulart) ou o governo Estadual (de Carlos Lacerda) a desapropriar a área. No entanto, a repressão foi intensa, impossibilitando a realização daquele objetivo.

Após esse insucesso, outra alternativa passou a ganhar o horizonte: a possibilidade de desapropriação da própria área de Gardênia Azul. Para isso, era fundamental que se comprovasse que o antigo proprietário não tenha cumprido com o prometido no ato da venda dos lotes. Significativo que alguns movimentos tenham sido realizados nesse sentido. De fundamental importância foi a pressão desses moradores junto às autoridades públicas por meio de denúncias crescentes sobre as péssimas condições de moradia do lugar.

O contexto político pós-golpe tornava tudo mais difícil. Muitas das desapropriações efetuadas pelo governo João Goulart foram anuladas, por exemplo. A desapropriação de terras para fins de reforma agrária acabou se tornando um símbolo da esquerda subversiva e radicalizada – esse foi o discurso difundido pelos setores conservadores que contribuíram para a vitória do movimento golpista que instaurou o regime militar no país. Contudo, o fechamento do regime não foi capaz de paralisar o segmento mobilizado e organizado dos moradores de Gardênia Azul. Mesmo com toda a dificuldade imposta pela nova e dura conjuntura política, eles e elas seguiram exercendo pressão sobre as autoridades políticas da cidade. Em outubro de 1964, “o deputado estadual Rossini Lopes encaminhou requerimento à CPI que apura irregularidades nos loteamentos, encarecendo investigar a respeito da venda de lotes no bairro “Gardênia Azul’, em Jacarepaguá, de propriedade do sr. José Nunes Padilha Coimbra (Diário de Notícias, 13/10/1964, p. 3).”

A insistência das denúncias sobre a precariedade do local e as irregularidades do loteamento tinham todo o sentido. Em que pese o contexto político mais amplo, o interesse pela desapropriação podia ser facilmente acolhido pela administração Carlos Lacerda. Mesmo porque, a desapropriação em questão aqui não era aquela voltada para reforma agrária, mas para o assentamento de população urbana na periferia da cidade. Cabe relembrar que o instituto da desapropriação fazia parte da política habitacional do governo estadual no tocante às favelas, pois era o que viabilizava áreas destinadas para sediar conjuntos habitacionais voltados para as populações transferidas daquelas. Assim, com esse objetivo, o governo promoveu a desapropriação de áreas para a instalação de Vila Kennedy (Senador Camará), Vila Aliança (Bangu), Cidade Alta (Cordovil), Vila Nova Holanda (Ramos) e Cidade de Deus (Jacarepaguá). Segundo ainda Rose Compans, o governo Carlos Lacerda construiu ao todo 10 conjuntos habitacionais, perfazendo um total de 8.869 unidades habitacionais neles distribuídos (COMPANS, 2011, p. 5). E, ainda segundo a autora, três desses conjuntos - Vila Kennedy, Vila Aliança e Vila Esperança – acabaram abrigando “moradores de 32 favelas parcial ou totalmente erradicadas” (Idem).

E o mais relevante para a situação dos moradores de Gardênia Azul: o governo parecia disposto a efetuar a desapropriação de áreas já ocupadas, desde que não estivesse localizada na zona sul, para a fixação de população de baixa renda e, quem sabe, atrair moradores de favelas extintas.

A reportagem do Diário de Notícias do início de 1964, ainda antes do Golpe Militar, é ilustrativa. Com o sugestivo título “Desapropriações para exterminar favelas cariocas” o jornal destacava o plano do governo estadual para “construir, ainda este ano, seis mil casas populares numa área de 700 mil metros quadrados da rua Edgar Werneck, em Jacarepaguá”. As “autoridades estaduais” estariam ainda examinando “a desapropriação de mais duas áreas de terras para a instalação de novos núcleos residenciais, frisando que, quando este programa estiver concluído, o Rio não terá mais favelas nem cariocas vivendo em condições precárias” (04/02/1964, p. 7). Demonstrando apoio irrestrito aos objetivos do plano do governo, o texto ainda sublinhava que “tanto quanto possível”, o executivo procurava “deslocar parte da superpopulação da zona sul para as regiões pouco habitadas”, por meio dos conjuntos residenciais (Idem).

Mas se na zona sul o governo procurava expulsar as populações das favelas, na zona rural e subúrbios a ênfase era exatamente oposta. A administração Lacerda não hesitaria em fazer uso de instrumentos urbanísticos para fixar tais populações na região. Daí que o jornal assim explique o papel das desapropriações na “solução” do “problema” das favelas

O Plano de Urbanização [do governo Carlos Lacerda] começou há pouco mais de dois anos. Durante esse período, o governo construiu casas e transferiu favelas. Por outro lado, atento à “ganância” de proprietários de terras, a atual administração intervém sempre que se torna necessário evitar o despejo de centenas de pessoas (Idem).

 

A matéria finalizava mencionando um exemplo que tinha muitas semelhanças com o caso de Gardênia Azul. Tratava-se da Mangueira, “onde, por decreto, foi feita a desapropriação de toda a área, transformando-a de utilidade pública”. O que demonstrava a inclinação do governo Carlos Lacerda em utilizar a desapropriação como uma saída política para determinados conflitos, e em benefício dos moradores – desde que não habitassem na zona sul. O caso da Mangueira indicava também que a desapropriação, seguida de uma política de urbanização poderia ser benéfica para o capital ligado ao setor da construção civil. Nesse sentido, a reportagem acrescentava que na “Mangueira, a primeira etapa do plano de urbanização está pronta, [...] já tem rua calçada, esgoto e água. Agora esta sendo estudado um programa de loteamento de toda a área para construção de casas de alvenaria” (Idem).  

Não parece sem sentido pensar que Carlos Lacerda visse a desapropriação de Gardênia Azul com bons olhos. É possível que ele passasse a ver a localidade como mais uma área a receber moradores despejados de favelas erradicadas na zona sul.

Outro ponto que não pode ser negligenciado no debate sobre essa conjuntura dos anos 1964 e 1965, a parte final do governo Carlos Lacerda, é o grande desgaste que este sofreu pela radicalidade e violência da sua política remocionistaGonçalves lembra ainda que até mesmo as agências financiadoras da política habitacional lacerdista teceriam críticas a sua estratégia de remoção violenta.

Mas é também possível que a desapropriação visada por Lacerda pudesse ser ruim também para os seus humildes moradores. É possível que o governador tivesse planos de expulsar todos dali. E essa possibilidade não era infundada. 

E isso passou a assombrar os moradores de Gardênia Azul nos primeiros meses de 1965.



Continua......

Continue lendo →

domingo, 12 de setembro de 2021

Revisitando "O Sertão Carioca": exposição comemorativa de 11 anos.

Neste aniversário de 427 anos de Jacarepaguá, o IHBAJA preparou alguns materiais para homenagear esta data festiva. O primeiro deles é um novo olhar sobre a exposição "Magalhães Corrêa - 125 anos de O Sertão Carioca" de 2010. 

    Em 2010, o Instituto Histórica da Baixada de Jacarepaguá disponibilizou ao público a exposição virtual “O sertão carioca” com as penas de Magalhães Corrêa que ilustram o livro homônimo deste autor. 
    Agora, em 2021, voltamos a apresentar a exposição, com novas imagens e design, objetivando trazer uma reflexão, tanto pela atualidade do livro quanto pela urgência em projetar e criar ações de preservação do patrimônio cultural, histórico e natural da nossa região. 
    Se na década de 1930, Magalhães Corrêa chamava a atenção para a constante destruição da fauna e flora de Jacarepaguá, além de apresentar os problemas sociais de uma região abandonada pelo poder público, hoje podemos traçar um paralelo com as transformações estruturais e urbanas pelos quais passou e ainda passa Jacarepaguá. 
    Magalhães Corrêa questionava o pensamento de que o sertão e os problemas sertanejos ocorriam em regiões afastadas do Rio de Janeiro (então Distrito Federal). Ao contrário, o sertão começava bem perto do centro urbano, a um pouco mais de 30 quilômetros. Seu “Sertão Carioca”, lugar de visitas turísticas, praias, rios e cachoeiras, era também o local do abandono, de mazelas sociais, da pobreza, do desmatamento e das fazendas em decadência. Bem diferente de uma urbanização incipiente encontrada na “porta de entrada” da região (Praça Seca, Tanque e as estradas das regiões da atual Pechincha e Freguesia), o resto da Baixada era um ambiente em sua essência rural, visto de forma pitoresca, mas ainda desconhecido pelo governo à época.
    Hoje, podemos pensar que o crescimento urbano e o olhar governamental sobre essa região mudou e muitas das antigas características se perderam. Porém é necessário refletir sobre como esses avanços ocorrem e qual o sentido de desenvolver e preservar, sem que ambos os conceitos sejam antagônicos e excludentes.
    O Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá deseja que todos apreciem esta exposição.


Para assistir diretamente no canal do Youtube do IHBAJA clique aqui.

Para uma navegação interativa (clicando em ícones de sua escolha) clique aqui que você será direcionado para arquivo pps.





Continue lendo →

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

IHBAJA participa de caminhada de turismo histórico no centro do Rio de Janeiro com o professor e historiador Milton Teixeira



Por Renato Dória

No dia 28/07 ocorreu no centro da cidade do Rio mais uma atividade de passeio por roteiros Históricos do Rio de Janeiro, realizada pelo professor e historiador Milton Teixeira, especialista em história do Rio de Janeiro e guia de turismo credenciado. 

A atividade teve início às 14h em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), onde o professor apresentou alguns de seus aspectos históricos, como: principais governantes, características da arquitetura, estrutura de funcionamento e curiosidades sobre a casa legislativa estadual e outras construções da proximidades, como a Igreja de São José. 

Em seguida, o grupo, de aproximadamente 100 pessoas, caminhou até o largo do Paço e conheceu um pouco da história dos principais monumentos do local: o  prédio histórico do Paço, o chafariz da Praça XV, a estátua do Marquês de Herval e o Arco do Telles.

Após percorrer as ruas principais dos arredores do Arco do Telles, apresentando suas peculiaridades históricas, o professor Milton Teixeira conduziu o grupo até o Centro Cultural dos Correios, a casa França-Brasil e ao Centro Cultural Banco do Brasil, onde a atividade foi encerrada por volta das 16:50h. 

Após o encerramento, o presidente do IHBAJA, Renato Dória, que participou de toda a atividade, conferenciou com o professor Milton e apresentou o trabalho do IHBAJA. Na conversa, destacou a atividade da Caminhada Eco-histórica realizada pelo grupo no entorno do maciço da Pedra Branca. Renato Dória presenteou o ilustre professor com o Boletim Informativo do IHBAJA e outros materiais de divulgação do grupo.

O professor Milton Teixeira é colunista da BandNews FM e realiza diversos passeios históricos todo mês ao longo do ano. As atividades são gratuitas e não precisam de inscrições. Até o final do mês de outubro estão previstas mais de 15 atividades de passeios históricos por vários locais da cidade do Rio.  

Confira no site: http://bandnewsfmrio.com.br/editorias-detalhes/agenda-de-passeios-do-professor-milton-teixei

Veja abaixo alguns registros da atividade realizado pelo professor Cláudio Flamengol:












Continue lendo →