A
construção da estrada Grajaú-Jacarepaguá foi o passo decisivo para detonar a
expansão urbana da região da Baixada de Jacarepaguá. Ali começava o boom de bairros como Taquara e Freguesia.
Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro
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A Serra do Grajaú, onde se localiza a via, é marcada pela presença de muitas rochas, que se desprendem com grande frequência das encostas. O que sempre causou sérios problemas para os veículos que cruzavam a avenida.
Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro
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Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro
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No
início do século XX, para se acessar a baixada de Jacarepaguá, havia apenas
duas possibilidades: por Madureira e Campinho ou pela Estrada do Joá e Estrada
da Barra da Tijuca. Havia, pois, a necessidade de uma nova ligação a partir da
Zona Norte.
Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro
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A
construção da Grajaú-Jacarepaguá começou na administração Henrique Dodsworth,
passou por várias administrações. A primeira parte a ficar pronta foi entre o
Grajaú e o restaurante Cabana da Serra, na década de 40.
Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro
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Avançou
nos anos 50 com o prefeito João Carlos Vital construindo o trecho mais perto de
Jacarepaguá (Estrada dos Três Rios). Posteriormente, as pistas que eram
estreitas, foram alargadas, mais para o final do século XX.
Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro
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Há um acervo de fotos gigantesco
no acervo de imagens do Arquivo Nacional. Elas são oriundas de instituições
como o Departamento Nacional de Obras e Saneamento - DNOS (órgão do governo
federal) e o extinto jornal Correio da Manhã.
Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro
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Nesse riquíssimo acervo
particular podemos testemunhas imagens do passado da antiga zonar rural da
cidade do Rio de Janeiro, que por muitas décadas foi chamada de Sertão Carioca.
Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro
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Nas imagens disponíveis que
abarcam o período anterior a década de 70, podemos ver também como a Baixada de
Jacarepaguá era fortemente agrícola.
Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro
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Isso é visível também nessas
imagens sobre a Serra do Grajaú. Tanto nos flagrantes do processo de construção
como aquelas sobre alguns problemas vivenciados pela via (como o deslizamento
de pedras), podemos ver no cenário descortinado nas fotos um ambiente
intensamente verde, de muitas árvores, plantações; algumas imagens chegam a nos
mostrar animais e equipamentos agrícolas pontilhando o cenário.
Ou seja, as imagens são
verdadeiros documentos de um passado agrícola que hoje se encontra quase que
extinto, embora siga resistindo em algumas áreas, como os vários sítios ainda
existentes na serra do Grajaú-Jacarepaguá estão aí para mostrar.
Leonardo Santos é pesquisador do IHBAJA e professor de História.