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domingo, 10 de novembro de 2019

 

A construção da estrada Grajaú-Jacarepaguá foi o passo decisivo para detonar a expansão urbana da região da Baixada de Jacarepaguá. Ali começava o boom de bairros como Taquara e Freguesia.



Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro


Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro






 A Serra do Grajaú, onde se localiza a via, é marcada pela presença de muitas rochas, que se desprendem com grande frequência das encostas. O que sempre causou sérios problemas para os veículos que cruzavam a avenida.


Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro
Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro

 No início do século XX, para se acessar a baixada de Jacarepaguá, havia apenas duas possibilidades: por Madureira e Campinho ou pela Estrada do Joá e Estrada da Barra da Tijuca. Havia, pois, a necessidade de uma nova ligação a partir da Zona Norte.


Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro

 A construção da Grajaú-Jacarepaguá começou na administração Henrique Dodsworth, passou por várias administrações. A primeira parte a ficar pronta foi entre o Grajaú e o restaurante Cabana da Serra, na década de 40.

Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro


Avançou nos anos 50 com o prefeito João Carlos Vital construindo o trecho mais perto de Jacarepaguá (Estrada dos Três Rios). Posteriormente, as pistas que eram estreitas, foram alargadas, mais para o final do século XX.

Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro

Há um acervo de fotos gigantesco no acervo de imagens do Arquivo Nacional. Elas são oriundas de instituições como o Departamento Nacional de Obras e Saneamento - DNOS (órgão do governo federal) e o extinto jornal Correio da Manhã.


Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro


Nesse riquíssimo acervo particular podemos testemunhas imagens do passado da antiga zonar rural da cidade do Rio de Janeiro, que por muitas décadas foi chamada de Sertão Carioca.

Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro

Nas imagens disponíveis que abarcam o período anterior a década de 70, podemos ver também como a Baixada de Jacarepaguá era fortemente agrícola.

Fonte: Arquivo Nacional/Rio de Janeiro


Isso é visível também nessas imagens sobre a Serra do Grajaú. Tanto nos flagrantes do processo de construção como aquelas sobre alguns problemas vivenciados pela via (como o deslizamento de pedras), podemos ver no cenário descortinado nas fotos um ambiente intensamente verde, de muitas árvores, plantações; algumas imagens chegam a nos mostrar animais e equipamentos agrícolas pontilhando o cenário.
Ou seja, as imagens são verdadeiros documentos de um passado agrícola que hoje se encontra quase que extinto, embora siga resistindo em algumas áreas, como os vários sítios ainda existentes na serra do Grajaú-Jacarepaguá estão aí para mostrar.

 Leonardo Santos é pesquisador do IHBAJA e professor de História.